Na manhã desta sexta-feira, dia 20, os empregados do Hospital Nossa Senhora da Graça, de São Francisco do Sul, realizaram uma caminhada para alertar a população da cidade sobre possível fechamento do único hospital da cidade. O presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde de Joinville e Região, Lorival Pisetta, comentou que a paralisação parcial do hospital e a demissão de aproximadamente 70 funcionários devem servir de alerta. “A sociedade precisa estar ciente da situação da saúde no município”, disse.
A caminhada saiu de fronte ao Hospital as 10h30 e percorreu até em frente ao Centro Integrado Multiuso (na Rua Barão do Rio Branco), onde parte da administração municipal funciona. Depois os manifestantes foram até a Prefeitura. Lá pediram ao prefeito Luiz Zera (PP) que repense a medida adotada.
O enfermeiro Ivan Francisco Borges disse que é preciso saber como vai ficar a saúde no município. Com a redução do número de funcionários, reduziu também o atendimento aos usuários do SUS. “Queremos uma posição dos gestores sobre como ficará o Hospital”, cobrou.
O diretor do Sindicato, Almir Alexandre, lamenta que a história se repita. “Novamente São Francisco do Sul nos surpreende negativamente. Infelizmente quem vai pagar é o povo”, comenta. Para ele, é preciso encontrar uma solução para resolver a situação dos funcionários e também da população.
A usuária Tatiana Fernandez participou de todo o ato. Segundo ela, a saúde é um direito de todos. “Já fui as redes sociais para elogiar o atendimento no Hospital quando ganhei o meu bebê. Hoje estou aqui para exigir mais atenção a saúde”, comentou.
O presidente do Sindicato diz que as atitudes do Instituto Acqua e a Prefeitura é preocupante. “Não podemos em sã consciência aceitar uma mudança tão regressiva na saúde”, diz. Pisetta explica que é inaceitável que a população francisquense tenha de procurar atendimento em Joinville, que também enfrenta dificuldade nos estabelecimentos de saúde.
O caso – Nesta semana o Instituto Acqua anunciou a demissão de cerca de 70 funcionários. A justificativa para a decisão é de que a Prefeitura deve mais de R$ 5 milhões para a entidade que mantém o Hospital. Além disso, o executivo municipal diminuiu o repasse e, consequentemente, os serviços oferecidos a população foram reduzidos.